Lula vence a eleição mais apertada da Nova República
Diferença de 1,8 pontos percentuais é pouco mais de metade da vantagem de Dilma em 2014.
Se as urnas forem respeitadas, Lula da Silva será o próximo presidente do Brasil. Com 99,98% das urnas apuradas, o líder petista tem 50,9% dos votos. Foi a eleição presidencial mais apertada da Nova República.
Eis a lista completa das eleições que chegaram ao segundo turno, da mais acirrada para a menos acirrada:
Ano | Placar | Diferença |
---|---|---|
2022 | 50,9% x 49,1% | 1,8 |
2014 | 51,6% x 48,4% | 3,2 |
1989 | 53,0% x 47,0% | 6 |
2018 | 55,1% x 44,9% | 10,1 |
2010 | 56,1% x 43,9% | 11,2 |
2006 | 60,1% x 39,9% | 20,2 |
2002 | 61,3% x 38,7% | 22,6 |
Média | 55,4% x 44,6% | 10,7 |
Lula teve 2,1 milhões de voto a mais que Bolsonaro. Em 2014, Dilma superou Aécio por 3,5 milhões de votos. Considerando a República Populista, até há diferenças menores: em 1955, Juscelino Kubitschek teve 470 mil votos a mais do que Juarez Távora. A comparação precisa considerar que o eleitorado era menor, não havia 2º turno e a diferença foi de 5,3 pontos percentuais.
Por outro lado, o Brasil também vivia um período de polarização em 1955 e o resultado quase não foi aceito. O Marechal Henrique Teixeira Lott teve que articular o famoso “Golpe da Legalidade” para garantir a posse de JK.
Segundo as últimas pesquisas Atlas, 75% dos eleitores de Bolsonaro não confiam nas urnas e 70% acreditam que há um alto risco de fraude eleitoral. A desconfiança vai crescer após a eleição mais apertada e polarizada da Nova República? Descobriremos em breve.