Pesquisa Atlas: Venezuela é o calcanhar de Aquiles do governo Lula
A aproximação com Nicolás Maduro é considerada o maior erro do governo, com 73% considerando a Venezuela como uma ditadura
A pesquisa Atlas publicada hoje, 05/07, mediu o que os brasileiros percebem como acertos e erros do Governo Federal até aqui. Os principais acertos foram a retirada de garimpeiros de reservas indígenas e ambientais, o aumento do salário-mínimo acima da inflação e o novo programa de renegociação de dívidas.
Contudo, a relação com a Venezuela e a aproximação com Nicolas Maduro se mostraram o calcanhar de Aquiles do governo: quase 60% da população considera o movimento o maior erro da gestão atual, enquanto 29% consideram um acerto.
O resultado é facilmente entendido quando a pesquisa revela a opinião dos brasileiros sobre o regime político da Venezuela. Uma maioria sólida de 73% dos entrevistados classificou o país como uma ditadura, enquanto apenas 6% a consideraram uma democracia.
Mesmo entre eleitores de Lula, a maioria considera a Venezuela uma ditadura. Ao mesmo tempo, é também entre esse mesmo público que há o maior númer dos que dizem não saber opinar. Entre 34% e 38% dos eleitores do presidente Lula disseram não saber dizer se o regime de Caracas é uma democracia ou uma ditadura, um nível alto que não foi observado em nenhuma outra demografia.
A pesquisa mediu também a opinião dos brasileiros sobre as ideologias e sistemas de organização política: a Democracia Liberal foi o regime mais aprovado, com 58% de aprovação e 20% de desaprovação.
Regimes como Comunismo, Ditadura Militar e Fascismo tiveram apenas 16%, 11% e 1% de opinião positiva cada um, respectivamente. O maior nível de imagem positiva sobre regime de ditadura militar foi encontrado entre eleitores que votaram em Jair Bolsonaro: quase 20% destes respondentes, um nível que também não foi observado em nenhuma outra demografia.
Metodologia
Os dados foram coletados via web com a metodologia proprietária RDR da AtlasIntel, entre os dias 02 e 04/07/2023, com participação de 3.222 respondentes. A margem de erro é de ± 2p.p. com um nível de confiança de 95%.